Movimento LGBT lança campanha para recolher cestas básicas e insumos para população trans durante pandemia
Organizações não-governamentais ligadas à população transexual do Rio Grande do Norte lançaram uma campanha para recolher cestas básicas e insumos de higiene pessoal como álcool em gel e máscaras para a população LGBTQI+, especialmente transexuais acima de 60 anos residentes em Natal.
A campanha está sendo encabeça pelas Ongs ATransparência, Atrevida e Casa Brasil.
Formada predominantemente por pessoas autônomas, sem carteira assinada e em situação de vulnerabilidade, transexuais e travestis têm encontrado dificuldade para sobreviver em meio à pandemia do Coronavírus.
As doações podem ser entregues nas sedes da Atransparência RN (av. Bernardo Vieira, 1847, Alecrim), da Atrevida RN (rua Manoel Vitorino, 950 B, Casa B, Alecrim) e na Casa Brasil (rua Nova Jerusalém, nº 26, El Shaday, Extremoz).
A coordenadora geral da ATransparência Rebecka de França estima em 100 o universo de pessoas idosas transexuais em Natal. Até o momento, a secretaria municipal de Trabalho e Assistência Social (Semthas) doou apenas cinco cestas básicas e, em doações em dinheiro, apenas R$ 50 foram arrecadados.
- Já entregamos as cestas que a Semthas doou, mas a procura foi grande, por isso iniciamos a campanha para doações. Muita gente entrou em contato conosco e decidimos criar um banco de dados para cadastrar as pessoas. Tem cada história que faz doer o coração, que lendo a gente chora, mas a ideia é ajudar com cestas básicas, álcool em gel e doar para as travestis”, explica.
O banco de dados está disponível no google.docs e pode ser preenchido exclusivamente pelas pessoas trans aqui.
Além das cestas de alimentação e material de higiene pessoal, as travestis e transexuais recebem preservativos.
Segundo Rebecka de França, ainda não há informações sobre casos confirmados ou suspeitos envolvendo a população trans no Estado. Mas alerta para os riscos:
- Os riscos são grandes , já que dentre os clientes existem gringos (Italianos e Espanhóis). E, claro, brasileiros de outras regiões”, lembrou.