MST denuncia ataque da PM em acampamento no RN
Natal, RN 20 de abr 2024

MST denuncia ataque da PM em acampamento no RN

22 de junho de 2019
MST denuncia ataque da PM em acampamento no RN

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A comuna urbana do MST localizada às margens da BR-406, próximo ao bairro de Igapó, em Natal (RN), foi atacada por policiais militares fortemente armados por volta das 19h, da sexta-feira (21).

Pelo menos 10 viaturas da polícia militar fizeram uso da força para queimar e destruir objetos pertencentes às famílias, inclusive retirando e queimando a bandeira do movimento.

Aproximadamente 200 famílias moram na ocupação, situada num terreno que pertence à empresa estadual Datanorte.

Segundo os acampados, a ocupação ocorreu de forma pacífica até que a polícia militar chegou sem nenhuma ordem judicial, intimidando-as para saída imediata.

As famílias permanecem no local reivindicando o terreno da empresa Datanorte para fins de construção de moradia Urbana.

“Seguimos em resistência, organizando as famílias e em defesa dos direitos humanos e exigimos que as autoridades competentes assegurem a garantia da ocupação e a segurança das crianças, idosos, homens e mulheres que se encontram na área”, disse o MST em nota.

Ataque da PM à comuna do MST não partiu do Comando da PM, diz vice-governador

Vice-governador Antenor Roberto está responsável pelas providências junto a Sesed

De acordo com o vice-governador do Estado Antenor Roberto, os ataques de policiais militares à comuna do MST ocorridos sexta-feira (21), no bairro de Igapó, em Natal, não partiram do Comando da PM.

À pedido da governadora Fátima Bezerra, ele ficou responsável pelas providências junto à secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Em contato com a agência Saiba Mais na manhã deste sábado (22), Antenor Roberto afirmou que no início da próxima semana ele vai se reunir com o secretário de Segurança coronel Francisco Araújo e o Comando da Polícia Militar para definir um protocolo de mediação de conflitos com movimentos sociais, entre eles o MST.

- Um comandado não pode tomar nenhuma iniciativa sem contato com o Comando. Pelo que sei não havia nenhuma ordem judicial e também não se sabe ao certo se o imóvel era privado ou público. Então vou me reunir com o secretário de defesa social e o comando da PM para estabelecermos protocolos de forma que, dentro do que a lei prevê, sejam assegurados os direitos de todas as partes. O controle do comando da PM precisa ser o primeiro a saber”, disse.

Roberto disse que várias versões desencontradas chegaram sobre o ataque. A primeira ação, segundo informações preliminares, teria sido feita pela guarda municipal de São Gonçalo do Amarante, com a chegada da PM em seguida:

- Combinamos que é preciso ter muito cuidado para lidar com esse fato. Chegaram muitas versões e o governo tem que fazer mediações. Ficaram notícias desencontradas, inclusive sobre a natureza de ocupação, se se tratava de área de ocupação mesmo. Alguns disseram que começou com a guarda municipal de São Gonçalo do Amarante e só depois a PM apareceu. Então, é preciso ter calma", comentou.

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