MST doa 25 mil quilos de alimentos durante pandemia no RN
Natal, RN 23 de abr 2024

MST doa 25 mil quilos de alimentos durante pandemia no RN

12 de julho de 2021
MST doa 25 mil quilos de alimentos durante pandemia no RN

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Somente no Rio Grande do Norte, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) doou cerca de 25 mil quilos de alimentos desde o início da pandemia, em 2020. As doações são compostas por cerca de 20 tipos diferentes de alimentos produzidos nos acampamentos e assentamentos do MST nas cinco regiões do estado.

“Isso é importante para mostrarmos não só que produzimos, mas que nós cultivamos alimentos saudáveis. Além de mostrarmos a importância da reforma agrária, o MST alimenta outras pessoas que estão precisando. Isso nos faz muito bem, colocar alimento na mesa dessas pessoas e uma comida de qualidade, limpa e sem uso de agrotóxicos”, conta com orgulho Márcio Mello, técnico em agroecologia e coordenador do setor produção do MST no Rio Grande do Norte.

Os alimentos doados no estado foram, principalmente, para os bairros mais pobres de Natal e para o município de Ceará-Mirim.

“Fazemos um balanço nos trabalhos que já fazemos nos bairros mais carentes de Natal e Ceará-Mirim e, a partir daí, monitoramos os grupos mais necessitados”, explica Márcio.

De acordo com coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, o MST distribuiu em todo o Brasil 25 mil toneladas de alimentos, somente durante a pandemia. Além dos alimentos, também foram doados 1 milhão de marmitas em todo o país.

Brasil de volta ao mapa da fome

Mais 9 milhões de brasileiros entraram para um quadro de fome no ano de 2020, em comparação com 2018. Os dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) mostram que enquanto em 2018 cerca de 10,3 milhões de brasileiros enfrentavam situação de fome, esse número subiu para 19 milhões de brasileiros em 2020.

Em 2014, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil deixou o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas, a pesquisa de Orçamento Familiar feita pelo IBGE em 2017/2018, já mostrava que a segurança alimentar estava garantida apenas para 63,3% das casas pesquisadas.

A insegurança alimentar é considerada leve quando há preocupação com a quantidade e qualidade dos alimentos disponíveis. Passa a ser moderada quando há restrição na quantidade de alimentos e é considerada grave, quando o indivíduo passa fome.

Além das questões relacionadas à pandemia, estudiosos do tema atribuem o agravamento da fome no país à falta de políticas públicas. Um exemplo, é a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que tem a tarefa de propor ao Governo Federal diretrizes e prioridades nas políticas para o setor. O Conselho foi fechado logo depois que Jair Bolsonaro assumiu a presidência da República.

Imagens dos alimentos doados pelo MST no RN I Fotos: cedidas
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