Na contramão ao Facebook, Twitter vai proibir todos os tipos de anúncios políticos
Natal, RN 24 de abr 2024

Na contramão ao Facebook, Twitter vai proibir todos os tipos de anúncios políticos

31 de outubro de 2019
Na contramão ao Facebook, Twitter vai proibir todos os tipos de anúncios políticos

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O Twitter anunciou que vai passar a proibir todos os tipos de anúncios políticos em todo o mundo a partir de novembro. A decisão vai na contramão do Facebook, que enfrenta protestos dos próprios funcionários contra mudanças na política de moderação de anúncios de cunho político, foi anunciada pelo CEO da empresa, Jack Dorsey, nessa quarta (30). O Brasil é o terceiro país com maior número de usuários na rede social.

A justificativa para a decisão é de acordo com o argumento de que o alcance das mensagens e perfis de políticos "deve ser conquistado, não comprado", afirma o responsável pela empresa. Ele disse que a proibição de todos os tipos de publicidade política paga passará a valer do dia 22 de novembro em diante, mas algumas exceções, como, por exemplo, anúncios em apoio ao recenseamento eleitoral, ainda serão permitidas.

Twitter adotou a medida após críticas de que anúncios pagos em redes sociais provocam campanhas de difamação e que muitos deles contêm equívocos ou informações falsas. A medida contrasta com o Facebook, que afirmou no Congresso Nacional dos Estados Unidos, que não vai proibir propagandas políticas e nem vai verificar o conteúdo de anúncios de políticos.

Em pesquisa realizada pela comScore, os brasileiros estão em terceiro lugar no ranking de maior utilização dos serviços do Twitter. No Brasil, uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a disseminação de notícias falsas foi aberta no Congresso Nacional, em Brasília, para apurar o uso de redes sociais durante as eleições gerais de 2018. Um dos objetos de investigação também é o poder de disseminação desses conteúdos nas redes sociais a partir de conteúdos patrocinados lícita ou ilicitamente.

Em crítica à política do facebook, o CEO do Twitter, Jack Dorsey, afirmou:  "Não é credível dizermos: 'Estamos trabalhando duro para impedir que as pessoas usem nossos sistemas para espalhar informações enganosas, mas se alguém nos pagar para segmentar e forçar as pessoas a verem seu anúncio político... Bem... Eles podem dizer o que quiserem!", postou na rede social.

Segundo o CEO, uma mensagem política ganha alcance quando as pessoas seguem uma conta ou retuitam o conteúdo organicamente, ou seja, de maneira natural. Para Dorsey, a decisão política das pessoas não deve ser influenciada nem comprometida por dinheiro. O executivo afirma que, embora a publicidade na internet seja eficaz para anunciantes, esse poder traz riscos significativos quando envolve política, e pode ser usado para influenciar votos e mudar os rumos de países.

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