Natália Bonavides aciona MP para investigar despejo ilegal de famílias no Baldo
Natal, RN 19 de abr 2024

Natália Bonavides aciona MP para investigar despejo ilegal de famílias no Baldo

15 de fevereiro de 2021
Natália Bonavides aciona MP para investigar despejo ilegal de famílias no Baldo

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A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) acionou o Ministério Público para apurar o despejo ilegal realizado dia 11 de fevereiro pela Prefeitura do Natal contra pelo menos 14 famílias que ainda moravam em barracos de papelão e madeira na região do viaduto do Baldo, Zona Leste da capital.

De acordo com a parlamentar, o MP deve atuar junto com a Defensoria Pública. Bonavides classificou como “inaceitável” o despejo no qual agentes da prefeitura foram acusados de agir com violência. O cadeirante João Maria Eduardo disse que foi arrancado pela gola da camisa de dentro do barraco e teve a cadeira de rodas atirada em cima de um caminhão.

- Esse despejo é ilegal. É de uma violência sem tamanho deixar pessoas, inclusive crianças e pessoas com deficiência, desabrigadas em plena pandemia. A moradia é um direito que o Estado tem dever de garantir", destacou a deputada do PT.

Deputada federal Natália Bonavides (PT) acionou MP

Ela lembra ainda que a desocupação ocorreu em descumprimento integral de um acordo no qual o município se comprometeu a abrigar 30 famílias do viaduto do Baldo e a não realizar o despejo anunciado em agosto do ano passado.

Natália Bonavides é autora de projetos de lei em tramitação na Câmara Federal para impedir despejos na pandemia, como o que ocorreu no viaduto do Baldo. A proposta foi aprovada para ser votada em regime de urgência em maio do ano passado, mas até hoje não subiu para o plenário.

Abrigos

Das 14 pessoas sem teto expulsas do Viaduto do Baldo pela Prefeitura de Natal, apenas quatro haviam conseguido vaga em um abrigo até sexta-feira (12). A informação foi repassada por Vanilson Torres, do Movimento Nacional da População em Situação de Rua no Rio Grande do Norte (MNPR/RN).

A única alternativa apresentada pela Prefeitura foi o abrigo 24 horas, que já tem uma fila de espera de 70 pessoas, sendo que o espaço só comporta 50. Diante da atrocidade do município, com a derrubada dos barracos, a Prefeitura teve que colocar quatro pessoas no abrigo emergencialmente, o que fez até com que algumas pessoas que já aguardavam vaga se exaltassem ontem”, criticou.

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