O caos na vacinação contra a Covid-19 em Natal, de quem é a culpa?
Natal, RN 18 de abr 2024

O caos na vacinação contra a Covid-19 em Natal, de quem é a culpa?

26 de abril de 2021
O caos na vacinação contra a Covid-19 em Natal, de quem é a culpa?

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A prefeitura de Natal anunciou um novo calendário de vacinação para a segunda dose da CoronaVac, aquela data marcada no cartão de vacina quando a pessoa idosa ou dos grupos prioritários recebeu a primeira dose já não vale mais. No último sábado, 24 de abril, somente pessoas vacinadas até 27 de março poderiam se dirigir ao Shopping Via Direta e Ginásio Nélio Dias para completar a sua imunização ainda dentro do prazo de eficácia.

O ciclo de imunização só é completo após a segunda dose da vacina, o que é fundamental para que a sociedade passe a observar um maior controle dos casos, bem como a redução do número de óbitos. Mas não podemos esquecer que as orientações dos especialistas são para que, mesmo as pessoas que já receberam a primeira e até a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus, continuem firmes nas práticas de segurança sanitária como uso de máscaras, evitando sair de casa, mantendo o distanciamento social quando precisar se dirigir até algum serviço essencial.

No último sábado, após o anúncio da abertura de uma etapa da vacinação, uma multidão de idosos se dirigiu aos dois postos informados pela prefeitura de Natal para aplicação da segunda dose da CoronaVac. As imagens viralizaram na internet devido a aglomeração gerada, os idosos ali presentes estavam desesperados, com razão, pois já aguardavam há vários dias pelo direito a completar a imunização. O temor é generalizado pela vida e saúde daquelas pessoas que não receberam um atendimento humanizado da gestão de Álvaro Dias, o que se viu foi a ausência de agentes públicos municipais que garantissem ao menos o distanciamento social entre as pessoas que aguardavam nas filas intermináveis.

Cenas que chocam diante de um dos piores cenários da pandemia no Brasil e que aconteceram porque o Prefeito de Natal não foi diligente quanto à gestão da aplicação das vacinas, uma atribuição da prefeitura, enquanto ao governo do Estado cabe uma tarefa intermediária, qual seja, realizar a distribuição das doses aos municípios potiguares, através da Secretaria de Estado da Saúde Pública – SESAP, para que a rede municipal de saúde ofereça ao usuário o serviço consistente na imunização contra a Covid-19.

Qualquer tentativa de implicar a Governadora Fátima Bezerra sobre a desorganização da aplicação, insuficiência e ritmo da vacinação é um movimento desonesto, pois das suas ações o que a sociedade do Rio Grande do Norte observa é a total dedicação ao pacto pela vida.

Cada ação adotada pela chefe do Poder Executivo Estadual é refletida com base nas orientações de um Comitê de especialistas em saúde e estudos epidemiológicos, profissionais sérios que se pautam em evidências científicas para proferir as recomendações necessárias à mitigação dos danos causados pelo novo coronavírus e na tentativa de conter o avanço da pandemia.

No âmbito normativo, em que pese o equilíbrio demonstrado nas regras impostas pela governadora, buscando viabilizar meios alternativos para frear a propagação do vírus, como o toque de recolher ou a proibição temporária à venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes, o que vemos em resposta nas publicações de alguns jornalistas locais é a sanha por manipular a opinião pública contra a governadora, a qual pelo trabalho sério e capacidade de gestão admirável, caminha para sua reeleição em 2022.

Portanto, se você natalense tem sofrido com a falta de vacinas, o ritmo lento de cumprimento do plano nacional de imunização ou o medo de não receber a segunda dose, dentro do prazo prescrito de até 28 dias, os culpados são ninguém mais, ninguém menos do que uma dupla bem conhecida: Jair Bolsonaro, que teve o poder de assinar contrato para aquisição robusta de vacinas ainda em 2020, mas rejeitou, e Álvaro Dias, prefeito de Natal, responsável no âmbito do nosso município pela gestão da aplicação das vacinas na população, o qual deveria zelar pela dignidade dos cidadãos, reservando dentro do quantitativo enviado pelo Ministério da Saúde e distribuído pela SESAP, a segunda dose para a imunização das pessoas dos grupos prioritários conforme se espera.

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