Parentes de mãe e filha, mortas em desmoronamento de casa em Mãe Luíza, fazem vaquinha para ajudar família
Natal, RN 20 de abr 2024

Parentes de mãe e filha, mortas em desmoronamento de casa em Mãe Luíza, fazem vaquinha para ajudar família

11 de fevereiro de 2021
Parentes de mãe e filha, mortas em desmoronamento de casa em Mãe Luíza, fazem vaquinha para ajudar família

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Foi por puro acaso que apenas Teresa Cristina da Silva, de 49 anos, e Taís Silva Batista de Oliveira, 18 anos, estavam sozinhas numa das casas que, na madrugada do último domingo (7), desmoronou depois da explosão de um botijão de gás no bairro de Mãe Luíza, Zona Leste de Natal. Junto com mãe e filha, também moravam na mesma residência o marido Reinildo, que tinha viajado a trabalho para Barra de Maxaranguape; a irmã gêmea de Taís, Tainara, que tinha dormido fora de casa; e o irmão Rildson, de 22 anos, que tinha ido dormir na casa da namorada.

No dia da explosão, Teresa Cristina também planejava dormir na casa de um filho, em Parnamirim, mas acabou desistindo porque Taís estava doente. Teresa tinha ao todo oito filhos. Tâmara, que mora numa rua por trás da casa da mãe foi uma das primeiras a chegar ao local da explosão e ainda ouviu o pedido de socorro de Teresa sob os escombros. Mas, apesar dos esforços do Corpo de Bombeiros, Teresa e a filha, primeira a ser resgatada, foram retiradas dos entulhos já sem vida.

“Eu estava de serviço quando vi nas redes sociais um vídeo de uma rua parecida com a da minha tia. Mandei uma mensagem para a minha prima, que confirmou que a explosão tinha sido na casa da mãe. Minha ficha não caiu. Liguei para o meu pai e pedi pra ele ir até lá ajudar. Não disse que minha tia estava soterrada por causa da saúde dele, que é diabético. Ele foi lá e quando chega vê minha prima arrasada. Foi quando começaram a retirar os corpos e o primeiro foi o da minha prima”, relata Franklin César, parente das vítimas.

Foi o pai de Franklin, o seu Paulo César Batista da Silva, de 55 anos, irmão de Teresa Cristina, que fez o reconhecimento das vítimas. Ele conta que teve até dificuldade em liberar os corpos no Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) para o enterro porque, assim como tudo que a família tinha, todos os documentos estavam entre os destroços da casa. Foi com a ajuda de vizinhos que ele conseguiu encontrar uma pasta com a documentação de Teresa e Taís.

“O marido e o filho nem voltaram mais no local. Eles estão arrasados, mas são muito unidos. Estão todos na casa de Tâmara, é um lugar pequeno, mas é importante que eles fiquem juntos”, conta seu Paulo com tristeza na voz.

Sem Teresa e Taís, pai e filhos têm contado com o apoio sentimental de amigos e parentes, além da ajuda financeira de pessoas próximas já que, agora, também estão sem um teto para morar. O pai faz bicos para sobreviver e Tâmara trabalha numa ótica. Teresa trabalhava como ASG numa academia, mas depois de perder o emprego, passou a vender lanches em casa. Taís, que morreu junto com a mãe, se dedicava aos estudos e ajudava nas vendas da mãe.

A família fez um vídeo para homenagear Teresa e Taís:

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