PIB de municípios do RN com economias baseadas no petróleo caiu significativamente
Os municípios com economia tradicionalmente baseadas no petróleo tiveram redução significativa no Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram divulgados pelo IBGE, na semana passada. As cidades de Macau, Areia Branca, Alto do Rodrigues, Pendências, Porto do Mangue e Areia Branca caíram no ranking do PIB municipal entre 2010 e 2017. Em 2010, os municípios ocupavam, respectivamente, a 8ª, 7ª 18ª, 23ª e 22ª posições no estado. Em 2017, caíram para a 14ª, 16ª, 24ª, 33ª e 65ª posições.
A queda nos índices é concomitante à política anunciada pela Petrobras em reduzir os investimentos na região Nordeste. Recentemente, 34 campos terrestres da Bacia Potiguar foram leiloados para iniciativa privada, que em 2019 produziram, em média, 5,8 mil barris de óleo equivalente por dia.
Segundo o IBGE, na maior parte dessas cidades houve mudança da principal atividade econômica. Em Macau, por exemplo, a administração pública passou a ter mais importância. Este ano, a Petrobras vendeu, por US$ 191,1 milhões, a totalidade de sua participação em um conjunto de campos de produção, terrestres e marítimos, do Polo Macau.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios traz informações sobre as principais atividades econômicas (agropecuária, indústria, serviços e administração pública) em todos os 5.570 municípios do país, além de Brasília (DF) e do distrito estadual de Fernando de Noronha (PE). No Rio Grande do Norte, o cálculo do PIB dos municípios é feito em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).
Mesmo com economia baseada no petróleo, Guamaré conseguiu manter PIB
Com a economia baseada na indústria do petróleo, Guamaré aparece também na lista dos 100 maiores PIBs per capita do Brasil em 2017. Dos 5.570 municípios brasileiros, a cidade está em 52º lugar. Na 64ª colocação nacional, Bodó tem o segundo maior PIB per capita do estado, R$ 96.049,41.
Se as riquezas produzidas em Guamaré fossem partilhadas igualmente com os 15.309 moradores, cada um teria direito a R$ 106.121,23 em 2017. Apesar da redução de 15% em relação a 2016, esse ainda é o maior PIB per capita entre os municípios do Rio Grande do Norte.
Energia substituiu
Em 2017, sete dos dez maiores PIBs per capita do Rio Grande do Norte tinham como principal atividade econômica “eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”. São eles: Bodó (R$ 96 mil), Parazinho (R$ 80,4 mil), São Bento do Norte (R$ 69 mil), Pedra Grande (R$ 61,6 mil), São Miguel do Gostoso (R$ 43,6 mil), João Câmara (R$ 29,8 mil) e Alto do Rodrigues (R$ 28,7 mil).
Guamaré (R$ 106 mil), Natal (R$ 26,4 mil), com economia baseada em serviços, e Serra do Mel (R$ 25,8 mil), com a indústria da transformação, completam a lista.
Natal tem 31º PIB entre municípios brasileiros
Entre os municípios do Brasil, Natal possuía o 31º maior Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2017. Com R$ 23,4 bilhões em bens e serviços produzidos, a capital do Rio Grande do Norte teve uma participação de 0,36% no PIB nacional.
O PIB da capital potiguar representa 35,6% de toda a produção do estado estado. Isso equivale a soma dos 159 municípios com menores PIBs do Rio Grande do Norte.
No Nordeste, Salvador (R$ 62,7 bi), Fortaleza (R$ 61,5 bi), Recife (R$ 51,8 bi) e São Luís (R$ 29,7 bi) ficaram à frente de Natal. Na região, a capital norte-riograndense representa 2,46% do PIB.
Mossoró e Parnamirim
Outros dois municípios do Rio Grande do Norte aparecem na lista dos 30 maiores PIBs do Nordeste: Mossoró (R$ 6,1 bi), em 23º lugar, e Parnamirim (R$ 5 bi) em 28º. As duas cidades representam, respectivamente, 0,65% e 0,53% do PIB do Nordeste.
O Produto Interno Bruto (PIB) é o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes destinados aos usos finais, sendo, portanto, equivalente à soma dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos.