Procuradoria de Natal recomenda que Álvaro Dias não dê reajuste negociado desde janeiro com professores
Natal, RN 26 de abr 2024

Procuradoria de Natal recomenda que Álvaro Dias não dê reajuste negociado desde janeiro com professores

29 de setembro de 2020
Procuradoria  de Natal recomenda que Álvaro Dias não dê reajuste negociado desde janeiro com professores

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A Procuradoria Geral do Município de Natal recomendou que o prefeito Álvaro Dias não conceda reajuste aos professores em 2020. O argumento é de que o município iria ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e de que o prefeito fica impedido de conceder o aumento sob o risco de cometer o crime de abuso do Poder Político, já que Álvaro Dias é candidato à reeleição pelo PSDB.

Apesar da preocupação com as eleições, a negociação entre professores do município e Prefeitura de Natal já vem rolando desde janeiro. O reajuste do piso da categoria é estabelecido anualmente pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura), que em 2020 definiu reajuste de 12,84%. A prefeitura chegou a oferecer 6,22%, mas a proposta foi recusada pela categoria que chegou a ensaiar uma greve, descartada por causa da pandemia do novo coronavírus.

A Governadora Fátima Bezerra concedeu o reajuste de 12,84% em maio para os professores da rede estadual de ensino que será pago de maneira parcelada. Em Natal, a lei 6425/2013 garante que no mês de janeiro o percentual apontado por portaria do MEC seja corrigido. Estados e municípios recebem repasses do governo federal através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para que o reajuste da categoria seja assegurado anualmente como forma de valorização dos professores.

O prefeito se comprometeu a apresentar uma proposta na quinta passada e nove meses depois da negociação que começou em janeiro, ele alegou falta de recursos, apesar da Prefeitura de Natal ter tido aumento de 9% nas receitas durante o período de pandemia”, critica Bruno Vital, Coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande Norte (SINTE/RN).

O sindicato dos professores elaborou uma carta em resposta aos Procuradores do Município. Nela, os professores rebatem o argumento de que o aumento fere a Lei de Responsabilidade Fiscal e as regras eleitorais.

“O prefeito enrolou a categoria esse tempo todo e se esquivou de cumprir a lei. Não foi por falta de recurso, mas por falta de vontade política. Se não me engano, em maio ele anunciou numa rádio que apresentaria a mesma proposta do Estado, que foi de 12,84%”, lembra Bruno sobre o reajuste que não aconteceu.

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