Professores da UFRN rejeitam Future-se e pressionam reitoria
Natal, RN 20 de abr 2024

Professores da UFRN rejeitam Future-se e pressionam reitoria

28 de agosto de 2019
Professores da UFRN rejeitam Future-se e pressionam reitoria

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Elaborada sem consulta às instituições federais de ensino superior e apresentada num contexto em que as universidades federais se encontram ameaçadas pelo estrangulamento financeiro, com corte de 30% dos recursos, a minuta de projeto que trata do Future-se foi rejeitada por unanimidade pelos docentes da UFRN. A decisão foi tomada em assembleia realizada terça-feira (27), no auditório do Centro de Educação, campus central.

Ao final do debate, os professores aprovaram, ainda, a requisição de convocação imediata de um CONSUNI extraordinário aberto, com pauta única, para debater e deliberar sobre o Future-se.

Presente à discussão, o professor da UFRGS, Eduardo Rolim, diretor do PROIFES-Federação, fez uma explanação dos aspectos do programa proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), por meio de seu ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Para o professor, o projeto é muito ruim do ponto de vista da estrutura da universidade, “porque faz com que ela passe a atender a apenas interesses de certos grupos empresariais”.

“O projeto Future-se, que o governo federal apresenta ainda de uma maneira nada clara, sem grandes definições, traz para as universidades grandes prejuízos, principalmente no que tange a autonomia das universidades. O governo tenta vender a ideia de que está dando autonomia às universidades quando na verdade ele está impondo já que para aderir a um programa que aparentemente traz mais recursos as universidades têm que aderir a uma forma de gestão privada, dirigida por uma organização social que vai, na prática, retirar todo o controle sob todos os processos da universidade, inclusive os acadêmicos, passando por gestão pessoal e patrimonial”, avaliou Rolim.

A professora do departamento de engenharia química, Katia Nicolau Matsui, chamou atenção para as dúvidas suscitadas por passagens que se apresentam imprecisas, vagas e confusas no projeto e lembrou que “estamos numa universidade e que, portanto, qualquer que seja o projeto é preciso contemplar a todos e, principalmente, resguardar a nossa autonomia, nossa soberania e a educação pública e de qualidade”.

Fonte: Ascom/Adurn-Sindicato

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