PT cita farsa judicial e chama de "perseguição" transferência de Lula

Após manifestação da defesa do ex-presidente Lula, o Partido dos Trabalhadores emitiu nota criticando a transferência do líder petista para São Paulo. A mudança foi autorizada nesta quarta-feira (7) pela juíza Carolina Lebbos, atendendo pedido da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

No comunicado, assinado pela presidenta do PT Gleisi Hoffman, e pelos líderes da sigla na Câmara Paulo Pimenta e no Senado Humberto Souto, o PT reafirma a inocência do ex-presidente e exige que os direitos de Lula, bem como a segurança, dele, sejam garantidos pelo Estado brasileiro.

Justiça determina transferência de Lula para São Paulo

Defesa de Lula critica transferência do ex-presidente antes de julgamento no STF

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES

TRANSFERÊNCIA DE LULA É NOVO ATO DE PERSEGUIÇÃO

1) A decisão de transferir o presidente Lula de Curitiba para São Paulo é de exclusiva responsabilidade da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que solicitou a medida, e da juíza de Execuções Penais Carolina Lebbos, que deferiu o pedido sem considerar os argumentos da defesa do ex-presidente.

2) Lula não deveria estar preso em lugar nenhum porque é inocente e foi condenado numa farsa judicial. Não deveria sequer ter sido julgado em Curitiba, pois o próprio ex-juiz Sergio Moro admitiu que seu processo não envolvia desvios da Petrobrás investigados na Lava Jato.

3) A decisão da juíza Carolina Lebbos caracteriza mais uma ilegalidade e um gesto de perseguição a Lula, ao negar-lhe arbitrariamente as prerrogativas de ex-presidente da República e ex-Comandante Supremo das Forças Armadas.

4) O Partido dos Trabalhadores exige que os direitos de Lula e sua segurança pessoal sejam garantidos pelo estado brasileiro, até que os tribunais reconheçam a sua inocência, a parcialidade da sentença de Moro e a ilegalidade da prisão, onde quer que seja cumprida.

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT

Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados

Humberto Souto, líder do PT no Senado Federal

Brasília, 7 de agosto de 2019