PT proíbe alianças com extrema-direita, DEM e PSDB, mas deixa brechas para 2020
Na resolução aprovada sexta-feira (7) pela Comissão Executiva Nacional do PT para as eleições 2020, a sigla determina os limites do arco de alianças para as eleições municipais, mas deixa a cargo dos diretórios estaduais a autorização para ampliar as coligações com candidatos de partidos que não estejam no que os petistas definem como “centro estratégico eleitoral”.
Neste seleto grupo estão PCdoB, PSOL, PDT, PSB, Rede, PCO e UP.
O PSDB e o DEM, partidos que deram sustentação ao golpe de 2016 e posteriormente ao bolsonarismo, também foram excluídos de possíveis coligações nos municípios. O MDB, partido do ex-presidente Michel Temer, não é citado entre os vetos.
- O PT Nacional decide que não ocorram alianças com os partidos que sustentam o projeto ultraneoliberal (DEM, PSDB) e veta qualquer aliança com aqueles que representam o extremismo de direita em nosso país”, diz um trecho do documento.
A resolução veta alianças com partidos de direita e extrema-direita, mas deixa uma brecha para apoios a candidaturas “pontuais e táticas” das siglas excluídas. Os únicos critérios são o compromisso expresso com a oposição a Bolsonaro e que os candidatos não hostilizem as figuras dos ex-presidentes Lula e Dilma:
- Nas situações em que o PT não encabeça a chapa e o candidato seja de um partido que não integre o espectro citado acima, somente serão permitidas alianças táticas e pontuais se autorizadas pelo Diretório Estadual, desde que candidato(a) tenha compromisso expresso com a oposição a Bolsonaro e suas políticas e não tenha práticas de hostilidade ao PT e aos presidentes Lula e Dilma”, aponta outro trecho do documento.