Raimundo Fernandes vence disputa com Hermano pela presidência da CCJ
Os bastidores para a escolha dos presidentes das comissões permanentes da Assembleia Legislativa estão fervendo.
A paz pública que reinou na primeira votação da Casa com a aprovação por unanimidade do projeto de antecipação dos royalties para pagamento dos aposentados e pensionistas foi, por ora, suspensa.
Um dos primeiros deputados a se declarar no grupo de oposição ao governo Fátima, Hermano Morais (MDB) vinha dando como certa sua indicação para a presidência da mais importante comissão da Casa: a de Constituição, Justiça e Redação.
É pela CCJ que passam os principais projetos da Assembleia Legislativa para a análise, sobretudo, da constitucionalidade das propostas.
Dos sete votos da comissão, Morais já tinha a garantia de que contaria com quatro: Allyson Bezerra (Solidariedade), Kleber Rodrigues (Avante), Coronel Azevedo (PSL), além do voto dele próprio.
Os outros três parlamentares – Isolda Dantas (PT), Galeno Torquato (PSD) e Raimundo Fernandes (PSDB) – fechariam o voto em Fernandes.
Algumas peças do tabuleiro se mexeram, com o aval do andar de cima, e Raimundo Fernandes conseguiu reverter os votos de Allyson Bezerra e de Kleber Rodrigues, invertendo o placar para 5 x 2.
Hermano Morais se sentiu traído pelos colegas.
A avaliação da bancada governista é oposta: Hermano é que teria tentado se antecipar para ganhar a presidência da comissão.
Estreante na Casa, o deputado Kleber Rodrigues abriu mão da vice-presidência da comissão presidida por Hermano para ocupar o mesmo cargo na CCJ liderada pelo tucano Raimundo Fernandes.
Os deputados têm até a próxima terça-feira (19) para indicar as presidências e vice-presidências das comissões.
A composição da comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) tem os seguintes deputados:
Titulares: Raimundo Fernandes (PSDB), Allyson Bezerra (SD) Isolda Dantas (PT), Hermano Morais (MDB), Kleber Rodrigues (Avante), Coronel Azevedo (PSL) e George Soares (PR).
Suplentes: Vivaldo Costa (PSD), Kelps Lima (SD), Souza Neto (PHS), Nélter Queiroz (MDB), Albert Dickson (PROS), Galeno Torquato (PSD), Ubaldo Fernandes (PTC);