Região Metropolitana segue com maior taxa de ocupação de leitos críticos e Natal tem mais de 2.500 casos de covid nos últimos 15 dias
Natal, RN 24 de abr 2024

Região Metropolitana segue com maior taxa de ocupação de leitos críticos e Natal tem mais de 2.500 casos de covid nos últimos 15 dias

11 de fevereiro de 2021
Região Metropolitana segue com maior taxa de ocupação de leitos críticos e Natal tem mais de 2.500 casos de covid nos últimos 15 dias

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Na manhã desta quinta (11), o Rio Grande do Norte tem sete hospitais com leitos críticos (semi-intensivos e UTI) esgotados para pacientes com covid-19: O Hospital de Campanha de Natal, o Hospital Manoel Lucas de Miranda (Guamaré), a Maternidade Divino Amor (Parnamirim), o Hospital Regional de João Câmara, o Hospital Regional Lindolfo Gomes Vidal (Santo Antônio), o Hospital Rio Grande (Natal) e a Unidade Materno Infantil Integrada de São Paulo do Potengi.

O Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, está bem próximo da taxa máxima com 95,83% de ocupação. Na sequência, o Hospital João Machado, também na capital, aparece com 89,66% dos leitos críticos ocupados. A Região Metropolitana segue com a taxa mais alta de ocupação num total de 81,25%. Em seguida, vem a Região Oeste com 60% e o Seridó com 57,14%. A taxa geral de ocupação do Rio Grande do Norte é de 70,78%.

Nos últimos 15 dias, o Rio Grande do Norte registrou 9.129 casos e 114 mortes por covid-19. Até esta quarta (10), o estado já acumulava um total de 146.686 casos confirmados e 3.373 mortes provocadas pela covid-19. Há, ainda, 87.067 casos suspeitos e 601 óbitos sob investigação da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Até o momento, há 65.820 casos de Síndrome Gripal Não Especificada, que são os casos suspeitos, porém inconclusos para os quais não foi possível realizar diagnóstico laboratorial.

Natal tinha 40.857 casos confirmados e 1.333 mortes até esta quarta (10). Nos últimos 15 dias, a capital registrou um aumento de 2.512 casos confirmados e 40 mortes pelo novo coronavírus. Os dados parecem contestar o protocolo de “tratamento preventivo” adotado pela Secretaria Municipal de Saúde da capital, seu Comitê Científico e a Associação Médica do Rio Grande do Norte que, na última terça (9), fez uma coletiva de imprensa para apresentar estudos que demonstrariam a eficiência do tratamento precoce com uso de ivermectina, antiparasitário usado no tratamento de vermes e ácaros, como lombriga, sarna e piolho.

No último dia 5, a farmacêutica Merck, desenvolvedora da ivermectina, emitiu uma nota pública afirmando que não há qualquer pesquisa científica que comprove a eficácia da ivermectina no tratamento precoce ou mesmo redução dos sintomas da covid-19, ao contrário do que foi apresentado pela Associação Médica do Rio Grande do Norte e vem sendo defendido pela Prefeitura de Natal e seu Comitê Científico. Além do laboratório que desenvolveu a ivermactina, a Organização Mundial de Saúde, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já se posicionaram sobre a ineficácia de tratamentos precoces contra a covid-19.

Imagem: reprodução LAIS/ UFRN

Transplante de fígado

No último dia 6 de fevereiro, o médico pneumologista e presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Frederico Fernandes, apresentou uma denúncia de que um paciente desenvolveu hepatite medicamentosa depois de ter sido internado para tratamento da covid-19. O paciente, uma pessoa jovem, está em avaliação e pode precisar de um transplante de fígado depois de ter passado uma semana internado tomando ivermectina.

Para ter efeito no tratamento dito "precoce" da covid-19, os adeptos do uso da ivermectina e outros medicamentos, precisam utilizar uma alta dosagem dos remédios. Além de não combater a covid´-19, segundo os estudos científicos apresentados até o momento, o excesso de medicamentos no organismo pode gerar outros efeitos colaterais, como a hepatite medicamentosa.

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