RN não tem prazo para receber novo lote de vacinas adquiridas pelo Governo Federal
Não há oficialmente por parte do Ministério da Saúde nenhuma manifestação aos governadores sobre o envio de novas doses para dar continuidade ao Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. A afirmativa é do secretário de Estado da Saúde, Cipriano Maia. Mas “há uma expectativa de que até o final da semana isso possa ser anunciado”.
Nesta sexta-feira, 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide sobre o segundo pedido de uso emergencial da vacina produzida pela chinesa Sinovac. Além de 4,8 milhões de doses do imunizante produzidas e envasadas no Brasil pelo Instituto Butantan, o país aguarda a chegada de 2 milhões de doses encomendadas da Índia do imunizante Oxford/Astrazeneca.
Como não há pronunciamento oficial não se tem também uma projeção do número de doses que os Estados deverão receber. Se confirmadas as 6,8 milhões de vacinas e os critérios de distribuição forem os mesmos, o Estado do Rio Grande do Norte teria uma segunda remessa em um número um pouco superior ao primeiro lote. Ainda assim, seria suficiente apenas para completar a vacinação dos profissionais da saúde e iniciar a segunda fração da primeira fase de imunização, incluindo os idosos com mais de 75 anos.
“O grande anseio é pela liberação dos insumos da China que vão possibilitar tanto a produção do Butantan, como da Fiocruz. Aí sim teríamos o potencial de produção pelos dois institutos públicos de 1,5 milhões de doses por dia”, avalia Cipriano.
Segundo o secretário, o Governo do RN, através do Consórcio Nordeste, já iniciou contato com o laboratório União Química para aquisição da vacina de origem russa Sputnik V. Essa vacina, no entanto, depende de autorização da Anvisa.
“É bom deixar claro que a postura dos governadores e secretários de Estado é que toda a aquisição e produção das vacinas devem ser incorporadas pelo Sistema Único de Saúde, pelo Plano Nacional de Imunização”, ressalta.
Somente no caso de não viabilização pelo Ministério da Saúde é que os Estados, que já têm autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), deverão buscar as aquisições diretamente com as farmacêuticas.
O Estado conta hoje com um pouco mais de 82 mil doses de uma vacina: a Coronavac para combater um vírus que já matou ao menos 3.223 pessoas no Estado, segundo o balanço mais recente da Sesap.