Rodrigo Maia é reeleito para presidir a Câmara pela terceira vez

O deputado federal Rodrigo Maia (DEM) vai presidir a Câmara dos Deputados pela terceira vez consecutiva. Ele obteve 334 votos e venceu a disputa no 1º turno. O bloco que pretendia unificar os partidos de esquerda naufragou por dentro.

Marcelo Freixo (PSOL) obteve apenas 50 votos e amargou a terceira colocação, atrás de Maia e do deputado Fábio Ramalho (MDB/MG), que conquistou 66 votos e terminou na 2ª colocação.

Tudo indica que, embora o PT tenha fechado apoio em Freixo, pelo menos 16 deputados votaram em Rodrigo Maia.

Pelos menos dois parlamentares do Rio Grande do Norte estarão na mesa diretora. Fábio Faria (PSD) foi eleito para a terceira secretaria e Rafael Motta ficou na primeira suplência.

Senado

A votação para a presidência do Senado foi suspensa nesta sexta-feira (1) e remarcada para sábado (2), às 11h. Uma polêmica envolvendo o voto secreto rachou os senadores. O senador Davi Alcolumbre (DEM/AP) aproveitou uma brecha no regimento interno e assumiu a presidência da Casa de forma interina. Ele foi o único senador da antiga mesa diretora que se reelegeu e, segundo as regras do Senado, é o presidente por direito.

O problema é que Alcolumbre também é candidato à presidência e o mesmo regimento interno do Senado determina que ele deixe o posto para concorrer. O senador, no entanto, não só permanecer na presidência como conduziu o processo de forma beneficiá-lo.

Alcolumbre decidiu levar para o plenário uma regra do Senado que torna abre a votação dos parlamentares. Porém, qualquer regra do regimento só pode ser alterada por unanimidade, o que não aconteceu. Mesmo sob críticas de aliados do senador Renan Calheiros (MDB/AL), o presidente interino levou a pauta à votação e, por 50 votos a 2, venceu a votação aberta.

A votação fechada favorece Renan Calheiros, já que os senadores não precisariam se expor. Com o voto aberto, o senador alagoano dificilmente conseguiria os apoios de que necessita para vencer a disputa.

Houve troca de acusações e ofensas entre os senadores.

A sessão só terminou quando os senadores votaram uma proposta de Cid Gomes (CE/PDT), que sugeriu a suspensão da sessão mantendo as regras do voto aberto já apreciada sob protestos pelos parlamentares. Como Alcolumbre também é candidato, a presidência passaria, então, para o presidente mais velho da Casa, o paraibano José Maranhão (MDB).

Justiça

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu na madrugada de hoje (2) que a eleição para presidente do Senado será realizada por meio de votação secreta, não mais aberta como estava definido. Ele aceitou um pedido encaminhado pelos partidos políticos Solidariedade e MDB.

“Por conseguinte, declaro a nulidade do processo de votação da questão de ordem submetida ao plenário pelo senador da República Davi Alcolumbre [DEM-AP], a respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora”, diz a decisão.