“Quem bate, esquece; quem apanha, não”. Não há ditado popular que represente melhor o que afirma hoje em comparação ao que dizia há dois anos o ex-deputado federal Rogério Marinho (PSDB), quando foi escolhido relator da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados com anuência do governo Temer.
O tucano potiguar chegou a dizer em 2017 que, se a reforma fosse aprovada, o Brasil geraria 2 milhões de empregos.
Nesta quarta-feira (24), após o anúncio do Cadastro geral de Empregos (Caged) afirmar que o mês de março fechou 43.196 postos de trabalho, Rogério Marinho foi às redes sociais sugerir que o problema será resolvido com a aprovação da Reforma da Previdência, cujo responsável pelo texto final é ele mesmo.
No entanto, como a internet hoje é "bateu, levou", Marinho foi cobrado pelos internautas sobre a promessa de dois anos atrás.
O advogado Rodrigo Alcorofado ironizou o atual secretario especial da Previdência Social e Trabalho do governo Bolsonaro:
“Quem tem limites é município né? Tu não dizia que a reforma trabalhista ia gerar emprego?”, questionou, sem resposta.
A economista Antônia Erandy chamou o tucano potiguar de desumano:
“O senhor foi o relator da reforma trabalhista prometeu 2 milhões de empregos, KD essas vagas, o povo precisa de trabalho. Agora está enfiando goela abaixo uma reforma previdenciária mais danosa ao trabalhador médio e pobre, e o pior sem embasamento dos impactos sociais. Isso é desumano”, escreveu.
De Pau dos Ferros, município potiguar, o estudante Janeson Vidal também cobrou os empregos que Marinho disse que a reforma trabalhista geraria:
“Queridão, vem cá, não foi você o relator da Reforma Trabalhista que resolveria esse problema? Acha melhor revogar a trabalhista e tentar a previdenciária?”, ironizou.
O internauta João Henrique Borges também não deixou barato:
“Não foi o senhor que como relator da reforma trabalhista disse que “com a aprovação da reforma trabalhista, o país voltará a criar emprego”? É impressionante, como os Srs são irresponsáveis, quem cria emprego é a iniciativa privada, vocês têm que reduzir o custo tributário deles”, comentou.