O sambista carioca Elton Medeiros morreu nesta quarta-feira (4), na Casa de Saúde Pinheiro Machado, zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internado há mais de um mês em razão de uma pneumonia.
O corpo do compositor está sendo velado na capela 1 do Cemitério do Catumbi, no centro da cidade, e será sepultado às 15h30.
Elton Medeiros ficou conhecido por transformar uma pequena caixa de fósforo em instrumento de percussão e deixa uma obra vigorosa em parceria com grandes compositores do país. Tem a assinatura dele letras antológicas como “O Sol Nascerá” e “Peito Vazio” (ambas com Cartola), “Onde a dor não tem razão” (com Paulinho da Viola), “Mascarada” (com Zé Ketti) e “Pressentimento” (com Hermínio Belo de Carvalho), entre outros clássicos.
A cantora Teresa Cristina divulgou uma mensagem nas redes sociais em que diz que Medeiros foi um dos “maiores melodistas” com quem ela pôde conviver. “Elton ranzinza que me dava broncas. A última foi no programa do Bial, corrigindo uma nota em O sol nascerá”, escreveu a cantora.
Nascido no Rio de Janeiro, no dia 22 de julho de 1930, Elton Medeiros compôs o primeiro samba aos 8 anos, com um dos nove irmãos. Tocou sax horn, trombone e bateria e foi integrante de orquestra. Ele começa a se consolidar no samba quando participa nos anos 1960 do elenco do musical “Rosas de Ouro”, ao lado do novato Paulinho da Viola, Nelson Sargento, Anescarzinho do Salgueiro e Jair do Cavaquinho. O espetáculo era dirigido por Hermínio Belo de Carvalho.
Medeiros participou ainda do grupo “Os Cinco Crioulos” e foi do grupo fundador de três escolas de samba. Também administrador (graduou-se pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio), gravou 25 discos nas últimas cinco décadas. É admirado principalmente pela beleza de suas melodias.