Secretário de Educação afirma que aulas presenciais só retornam no RN após recomendação do comitê científico
O secretário de Estado de Educação Getúlio Marques afirmou nesta quarta-feira (7) que as aulas presenciais na rede estadual de ensino só voltarão, de forma gradativa, quando o comitê científico recomendar o retorno sem risco para estudantes, professores e os demais profissionais de educação.
A declaração foi uma resposta à ação judicial protocolada pelo Ministério Público exigindo que o Governo do Estado autorize a volta às aulas, independente da vacinação. A Justiça ainda não se pronunciou sobre a ação do MP.
Marques reconheceu que assinou um protocolo de intenções a pedido do MP prevendo o retorno das aulas para fevereiro de 2021, mas também admitiu que falhou na estimativa em razão do agravamento da pandemia:
“Falhei na previsão de assumir com o MP esse ponto. Não sei se fui o único do país, acho que não. Mas não é fácil, esperava que a situação estivesse melhor e a pandemia recrudesceu”, disse, destacando o papel do comitê científico na orientação das recomendações para o Governo:
“No dia que o comitê científico disser que podemos voltar a gente vai retornar as aulas. Estamos preparados”, afirmou.
O titular da SEEC garantiu que a maioria das escolas da rede estadual está preparada para receber estudantes, professores e servidores. Dos 598 colégios, 550 já estariam equipados e apenas unidades nos municípios de Ceará-mirim, Açu e Nova Cruz ainda precisam de ajustes.
Sinalização, totens, álcool em gel, água sanitária e até pulverizadores portáteis foram adquiridos e serão utilizados por trabalhadores terceirizados. Um protocolo de segurança sanitária também foi elaborado por um comitê gestor que reuniu Governo, municípios, representante de escolas privadas e órgãos de controle para orientar o comportamento nas escolas.
Marques destacou que o Governo do Estado ainda aguarda autorização do Ministério da Saúde para a inclusão dos professores na lista de grupo prioritário.
“Para nós, é uma questão muito importante. A governadora Fátima Bezerra tem sido uma das lideranças nacionais a buscar essa prioridade, mas depende da autorização do Ministério da Saúde. Os profissionais da segurança conseguiram entrar nessa relação de prioridades semana passada e estamos aguardando (os professores)”, afirmou.