Qualquer criatura dotada de um baixo grau de percepção das coisas, percebe que estamos enfiados numa tragédia de dimensões bíblicas no nosso país, que já beira os TREZENTOS MIL MORTOS e sem uma solução a curto prazo. A coisa está tão esculhambada que o ministro da Saúde “entrante”, o tal de Queiroga, tomou posse de forma quase clandestina, enquanto o Mandrião buscava enfiar o general Pazuello num lugar qualquer dentro do Executivo, para ver se ele escapa de responder criminalmente pela inação durante a pandemia.
Pazuello passou a chefiar o Ministério da Saúde depois da saída de Nelson Teich, que se tornara ministro em 17 de abril e menos de um mês depois, vendo a furada em que se metera, botou a viola no saco e caiu fora. Pazuello passou quase 3 meses como “interino”, um absurdo em se tratando de uma pandemia que precisaria de uma coordenação nacional para o seu efetivo combate. Não custa lembrar que quando o general assumiu “interinamente”, o número de mortos já passava dos 29 mil, e na primeira entrevista, Pazuello defendeu o “tratamento precoce”, o que ele nega hoje em dia.
Quando ele assumiu definitivamente a pasta, em setembro, os mortos já somavam mais de 143 mil e estava claro que o general bufão, seguindo ordens do Mandrião, chafurdava o combate à pandemia. Em qualquer país mais democrático do mundo, tanto o Mandrião como o Bufão estariam, nesse momento, sendo responsabilizados pelo desastre que se via no horizonte. Não aconteceu. Bolsonaro, respaldado pela fraqueza da oposição, pela sem vergonhice dos grandes meios de comunicação e pela omissão da chamada “elite”, uma massa formada de rastaqueras, manteve a sabotagem e, pior, rindo desabridamente na cara dos milhões de brasileiros.
As mortes não pararam e a canalhice dos apoiadores do Mandrião cresceram na razão inversa do sofrimento das pessoas. Hoje, numa dessas redes de “uatizapi”, vi uma postagem de uma dessas figuras sórdidas, dizendo que a situação está melhorando. Patético, mas muitos milhares se alinharam ao pensamento bizarro do presidente da república, que mantém seu discurso de negacionismo e as ações cotidianas de sabotagem explícita do combate à pandemia.
O que mais chama a atenção é que o BraZil se tornou o ÚNICO país do mundo cujo Chefe de Estado aliou-se ao vírus Sars Cov 2 contra a população, tornando o país carimbado como “país pestilento”, com consequências devastadoras para o nosso comércio exterior. Além disso, o presidente passa os dias delirando nos corredores do Planalto, imaginando um Golpe de Estado, e seu esporte predileto é ameaçar a democracia, o que, segundo sua mente distorcida, o fortalece para as eleições presidenciais de 2022.
O ideal seria retirar esse sociopata da presidência e trancafiá-lo por crimes contra a humanidade e construir um movimento de “união nacional” para dar prioridade à reorganização da área da Saúde, rearticulando o ministério para que este possa dirigir o combate à pandemia. Mas, infelizmente sem uma atitude de parlamentares, boa parte deles já comprados pelo Mandrião, o que nos deixa como alternativa mantém a resistência, criando frentes para mobilizar adequadamente o “salve-se quem puder” dos governadores e prefeitos, e torcendo para que o Ceifador não chegue na porta das nossas casas.
Quem viver verá....