Serviços de saúde mental são prejudicados com pandemia de Covid-19
Natal, RN 26 de abr 2024

Serviços de saúde mental são prejudicados com pandemia de Covid-19

5 de outubro de 2020
Serviços de saúde mental são prejudicados com pandemia de Covid-19

Ajude o Portal Saiba Mais a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

A semana começou com um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta segunda (05), de que a pandemia do novo coronavírus interrompeu ou parou os serviços disponíveis de saúde mental em 93% dos países de todo o mundo, apesar da demanda ter crescido devido ao luto, incertezas financeiras e isolamento social do período. Os pesquisadores alertam para a necessidade urgente de financiamento para o setor que já sofria com o baixo orçamento já que, antes da pandemia, os países gastavam em média menos de 2% do orçamento da saúde com doenças mentais.

O levantamento feito pela OMS entre junho e agosto de 2020 aponta, ainda, que muitas pessoas podem estar enfrentando níveis elevados de insônia, ansiedade, consumo de álcool e drogas. Além disso, já foi observado pelos pesquisadores que o próprio Covid-19 pode causar complicações neurológicas, mentais, agitação, delírio e derrame. O Diretor Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que a saúde mental é um primeiro passo para garantir a saúde física.

Uma boa saúde mental é absolutamente fundamental para a saúde geral e o bem-estar”, lembra Tedros.

Apesar de 89% dos países apontarem que a saúde mental e o apoio psicossocial fazem parte do plano de resposta ao Covid-19, apenas 17% dos países têm orçamento adicional para cobrir despesas com esse tipo de serviço. Para a OMS, a pesquisa só traz à tona o problema crônico do subfinanciamento do setor. A Organização aponta que aplicar apenas 2% do orçamento da saúde com questões mentais é insuficiente, além disso, o financiamento internacional também é baixo e não passa de 1%.

Imagem: internet

Em Natal, Rio Grande do Norte, os serviços voltados para a saúde mental continuam funcionando normalmente como antes da pandemia, segundo Luis Fernando, Coordenador da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde.  Na capital, o atendimento é feito nos Caps (Centro de Atenão Psicossocial), nas Residências Terapêuticas, Policlínicas e nas UPA's, com atendimento às crises e emergências psiquiátricas.

"Nossa coordenação segue capacitando os profissionais da rede. Recentemente, fizemos o acolhimento dos médicos da atenção primária junto à psiquiatras com o foco em manejar o sofrimento psíquico diante da pandemia, o isolamento social, as perdas dos familiares diante do covid-19, a questão do declínio econômico diante da perda de empregos", explica Luis Fernando.

Ansiedade

Antes mesmo da pandemia de Covid-19, a OMS já estimava que a depressão e ansiedade era responsáveis pela perda de U$1 trilhão em produtividade. Um problema que poderia ser prevenido com prevenção. Estudos apontam que a cada U$1 gasto com cuidados relacionados à ansiedade e depressão, trazem U$5 de retorno.

Telemedicina

Mais de 80% dos países de alta renda adotaram a telemedicina e teleterapia para superar a interrupção do atendimento presencial. No entanto, menos de 50% dos países com baixa renda conseguiram fazer o mesmo.

As mais quentes do dia

Apoiar Saiba Mais

Pra quem deseja ajudar a fortalecer o debate público

QR Code

Ajude-nos a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

Este site utiliza cookies e solicita seus dados pessoais para melhorar sua experiência de navegação.