Servidora da STTU é contaminada pelo coronavírus na volta ao trabalho e prefeitura do Natal exige apresentação na Junta Médica
Em meio à explosão de casos de Covid e do colapso da saúde na capital potiguar, o retorno ao trabalho presencial tem feito aumentar o número de casos entre os servidores municipais. Maria do Socorro, agente da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), está entre esses trabalhadores que integram o grupo de risco e contrairiam o vírus depois da volta ao trabalho de forma presencial.
O agravante é que a Prefeitura do Natal exige que ela, depois de testar positivo para o novo coronavírus, aguarde atendimento no Instituto NatalPrev para apresentação de atestado na Junta Médica.
Com o número limitado de profissionais médicos, Maria do Socorro tem tentado o atendimento sem sucesso, fazendo o vírus circular pelo trajeto que realiza de casa ao Instituto, no próprio prédio, onde outros servidores do grupo de risco da Covid-19 aguardam atendimento, e sem o repouso necessário para sua recuperação.
“Eu quero saber como fica minha situação, vou levar falta no trabalho?”, questiona a servidora.
Nesta segunda-feira (22), o Sinsenat protocolou no Ministério Público do Trabalho, uma série de denúncias contra a prefeitura de Natal por expor a risco de vida servidores públicos com mais de 60 anos, portadores de doenças crônicas, gestantes e lactantes. Essas categorias pertencem ao grupo de risco da covid-19 e estão sendo obrigados a se expor a aglomerações, por exigência de apresentação de atestado à Junta Médica, ou, no caso dos servidores da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU), a voltar ao trabalho presencial para não perder gratificações.