Sindicato dos Petroleiros do RN cobra responsabilidade social da Petrobras em tempos de pandemia
Por Gilson Sá, especial para a agência Saiba Mais
O papel de estatal e a responsabilidade social da Petrobras nos municípios onde a empresa exerce atividades de exploração foi cobrada pelo Sindicato do Petroleiros do Rio Grande do Norte. Em documento protocolado nesta quarta-feira (01), a entidade cobra medidas de proteção aos trabalhadores próprios e terceirizados no combate à Covid 19.
Divulgada como carta aberta à sociedade, a iniciativa solicita o resgate de programas sociais extintos e a aplicação de novas ações de auxílio às comunidades e locais onde ela atua em meio à crise mundial gerada pelo coronavírus. A preocupação é com o sustento de uma cadeira produtora que suporta uma parcela importante de trabalhadores e famílias.
Sob orientação do governo de Jair Bolsonaro, a atual gestão da Petrobras vem concentrando as suas atividades na região Sudeste, com forte desinvestimento nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, onde se concentram os campos de exploração terrestres.
Desde 2016, o Sindicato tem feito denúncias sobre trabalhadores próprios que estão sendo transferidos ou dispensados, no caso dos terceirizados das sondas que estão sendo hibernadas, acusando a empresa de manobra privatista.
Sobretudo neste momento de crise mundial em que se agrava as dificuldades financeiras do estado, o Sindipetro RN solicita a abertura de diálogo com as entidades sindicais representativas dos trabalhadores do setor estatal e privado, para assegurar os postos de trabalho, entre outras medidas.
Na contramão disso tudo, a Petrobras anunciou nesta quarta, medidas que passaram a vigorar a partir do seu anúncio, e que afetam a categoria como um todo, sem que tenha acontecido qualquer negociação com os sindicatos registrados. As mediadas anunciadas afetam principalmente os trabalhadores sem função e privilegiam os acionistas.
O Sindipetro-RN denuncia ainda o descumprimento sistemático do último acordo coletivo aprovado pela categoria e reconhecido por instâncias superiores do trabalho, com a diminuição significativa de atividades nas cidades produtoras, que ficaram sem o suporte financeiro dos royalties.
Leia aqui o documento entrregue à Petrobras.