Tatiana Cunha defende ação em que cobra só os próprios salários atrasados
Ex-chefe da Casa Civil do governo Robinson Faria e responsável pela negociação salarial com os servidores do Estado, Tatiana Mendes Cunha explicou pelo twitter o motivo pelo qual ajuizou uma ação individual cobrando os salários atrasados de novembro, dezembro e 13º salário de 2018.
Numa série de sete posts, ela alegou que a razão que a motivou a entrar na Justiça contra o Estado foi a mudança na ordem cronológica dos pagamentos:
- Foi a quebra da ordem cronológica que me motivou. Porque o salário dos atuais Secretários deve preterir os salários dos auxiliares do Governo passado? O Governo não é personalíssimo. Não se pode escolher a quem pagar, apenas pelo critério temporal. E essa não é uma luta exclusivamente minha. É uma luta de todos que não receberam salários em novembro e dezembro e são incontáveis as ações propostas e as liminares deferidas. Sabia que a ação promovida teria enorme repercussão. Não tenho receio de me expor quando acho que a luta é justa. E a justiça não está apenas em receber salário atrasado, mas em receber antes de quem trabalhou depois, ou de quem sequer trabalhou.
A ação chamou a atenção e ganhou repercussão principalmente porque Tatiana Mendes Cunha era a auxiliar da gestão passada que sentava à mesa para negociar com o funcionalismo do Estado, repetindo sempre aos sindicalistas do Fórum Estadual de Servidores que o Executivo não tinha condições de pagar os salários atrasados em razão da crise econômica que afetava fortemente as finanças do Estado.
O Executivo possui mais de 104 mil servidores, mas a Justiça determinou o pagamento só dos salários atrasados de Tatiana. A ação era individual.
A ex-chefe da Casa Civil do governo Robinson também é procuradora da Assembleia Legislativa, cujos salários estão em dia.
De acordo com o portal da Transparência da ALRN, Tatiana Mendes Cunha recebeu R$ 30.471,11 de salário base em dezembro de 2018.