Temer sanciona reajuste do Judiciário que Garibaldi e Agripino ajudaram a aprovar
No apagar das luzes do mandato tampão, Michel Temer sancionou o reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal que deverá, pelo efeito cascata, impactar em mais de R$ 4 bilhões as contas públicas da União e Estados.
A proposta dormia no Senado Federal e foi aprovada em 7 de novembro. O salário dos servidores do Judiciário terá um reajuste de 16,3%. Assim, os vencimentos de um ministro do STF passará dos atuais R$ 33 mil para R$ 39,2 mil.
Dos 81 senadores da Casa, 41 votaram a favor; 16 foram contra e ainda houve uma abstenção. Os demais 23 parlamentares faltaram à sessão.
Do Rio Grande do Norte, a senadora e governadora eleita Fátima Bezerra (PT) foi a única que votou contra a proposta. Os senadores Garibaldi Alves (MDB) e José Agripino Maia (DEM), que ficarão sem mandato a partir de 1º de janeiro de 2019, foram a favor do aumento.
Auxílio-moradia é revogado
A sanção do reajuste do Judiciário escancarou um acordo entre o Planalto e o Supremo. No mesmo dia em que Michel Temer autorizou o aumento, o ministro Luiz Fux revogou o auxílio-moradia para magistrados. A aprovação do reajuste foi condicionada ao auxílio-moradia e vice-versa.