Universidades que sofreram cortes do MEC estão entre as melhores do Brasil
As três universidades federais da Bahia, Brasília e Fluminense que sofreram cortes de 30% no orçamento estão entre as 20 melhores instituições de ensino federal do país.
O ministério da Educação anunciou a redução de investimentos, mas não explicou os motivos. Em entrevista divulgada nesta terça-feira pelo jornal Estado de S. Paulo, o ministro da Educação Abraham Weintraub afirmou que “universidades que não melhorarem o desempenho ou provocarem balbúrdia” sofrerão cortes.
Embora o titular do MEC não tenha explicado o que entende por balbúrdia, pelo contexto em que a declaração foi dada que o ministro se refere às manifestações políticas nas universidades:
“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas. A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse, dando exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus", disse.
Na prática, o ministro pretende punir a sociedade. De acordo com o ranking universitário internacional, as três universidades punidas pelo MEC melhoraram o desempenho e estão entre as 50 melhores da América Latina. Já no ranking nacional criado pelo jornal Folha de S.Paulo, das 196 universidades brasileiras, a UnB é a 9ª colocada, a UFBA é a 14ª e a UFF está na 16ª colocação.