Variante do coronavírus avança no Brasil e tem prevalência alta no Nordeste, aponta Fiocruz
Natal, RN 29 de mar 2024

Variante do coronavírus avança no Brasil e tem prevalência alta no Nordeste, aponta Fiocruz

5 de março de 2021
Variante do coronavírus avança no Brasil e tem prevalência alta no Nordeste, aponta Fiocruz

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Resultado de pesquisa divulgado nesta quinta-feira, 4, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para o avanço de variantes do coronavírus pelo Brasil. Em seis dos oito estados pesquisados, mais de 50% das amostras foram identificadas com a mutação associada às variantes de preocupação e com maior potencial de transmissão. Os pesquisadores reforçam a necessidade de mais cuidados, mais vacinas e de medidas de restrição.

O estudo analisou mil amostras de vírus recolhidas em oito estados. Em seis deles, mais de 50% das amostras apresentaram vírus que sofreram mutações já identificadas no Brasil, na África do Sul e no Reino Unido. De acordo com os pesquisadores, as chamadas variantes de preocupação já estão com prevalência alta nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste.

A maior incidência no Brasil é no Estado do Ceará, 71,1% das amostras analisadas são do tipo variantes. A incidência também é alta no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apenas dois estados não tiveram prevalência da mutação associada às variantes de preocupação superior a 50 %. Caso de Minas Gerais, com 30,3% das amostras testadas como positivo para a mutação, e Alagoas, com 42,6%.

A Fiocruz alerta que as variantes têm o potencial muito mais transmissível na medida em que aumenta a circulação de pessoas e cresce também a propagação da doença, podendo surgir novas variantes. Diante desse cenário, a Fiocruz defende a aceleração da vacinação, medidas restritivas para atividades não essenciais e os cuidados com a higezinação, uso de máscara e distanciamento social.

Com a informação que os dados estão associados a uma grande circulação de uma variante que tem probabilidade de uma maior transmissão, nós temos primeiro que segurar, diminuir a transmissão com todas as ferramentas possíveis , continuar higienizando as mãos, a dinâmica social com maior isolamento possível, uso de máscara, até que a gente possa gradativamente, nos próximos meses, e vamos conseguir isso, aumentar o número de pessoas protegidas pela vacinação”, afirmou Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz.

Segundo a Fiocruz, estudos adicionais estão em andamento para esclarecer aspectos relacionados com o sequenciamento genético dessas variantes, bem com sua transmissibilidade e o real impacto dessas variantes na dinâmica de ocorrência da Covid-19. “Temos várias perguntas, porque nós temos uma variante que começou a circular não tem nem três meses. Estão sendo realizados vários estudos por diferentes grupos de pesquisa no Brasil para o melhor entendimento sobre as questões de reinfecção, gravidade, da importância dessas variantes”, afirma Marilda Siqueira, pesquisadora da Fiocruz.

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