Vídeo: Prefeito de Natal que defendeu “tratamento precoce” pra covid aplaude “Fora Bolsonaro” durante show de Roberta Sá e Orquestra da UFRN
Natal, RN 26 de abr 2024

Vídeo: Prefeito de Natal que defendeu “tratamento precoce” pra covid aplaude “Fora Bolsonaro” durante show de Roberta Sá e Orquestra da UFRN

16 de dezembro de 2021
2min
Vídeo: Prefeito de Natal que defendeu “tratamento precoce” pra covid aplaude “Fora Bolsonaro” durante show de Roberta Sá e Orquestra da UFRN

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Notável defensor da política bolsonarista para a covid-19, que inclui o “tratamento precoce” e o uso em massa de medicação sem eficácia para a covid-19, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), acabou aplaudindo a manifestação do público que gritou "Fora Bolsonaro", durante o show da cantora Roberta Sá e da Orquestra Filarmônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que se apresentaram nesta quarta (15), na pra cívica do campus central.

Ironicamente, o show que foi gratuito, era uma homenagem aos profissionais de saúde que foram sobrecarregados e se dedicaram a cuidar dos pacientes durante a pandemia da covid-19. Em março deste ano, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu uma investigação contra Álvaro Dias por causa da distribuição de remédio para piolho como medicação preventiva à covid-19. Pelo menos três denúncias foram feitas ao MPRN na época. Além disso, em entrevista a uma emissora de TV local, depois de ser flagrado tentando furar a fila de vacinação, o prefeito também afirmou que não precisava se vacinar porque tinha tomado ivermectina e estava protegido.

Através do Decreto nº 7.044 de 8 de julho de 2020, Álvaro Dias determinou que a Secretaria de Saúde do município disponibilizasse “kits” de medicamentos para pacientes infectados pela covid-19 com receita médica. O “kit” incluía hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina e azitromicina.

Álvaro Dias também chegou a ser manchete nacional por fazer parte do grupo de prefeitos que, mesmo um ano depois do início da pandemia e com a perda de milhares de vidas, continuavam na contramão da ciência ao defender e distribuir remédios sem eficácia como tratamento para a covid-19. Esse tipo de comportamento, segundo os pesquisadores, acabou estimulando muitas pessoas a acreditar que estavam protegidas e a circular pela cidade sem maiores preocupações, mesmo antes do surgimento das vacinas.

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