WhatsApp é o principal disseminador de notícias falsas, aponta estudo da Fiocruz
Mais de 70% das notícias falsas são disseminadas por meio do aplicativo WhatsApp. É o que revela pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o compartilhamento de Fake News. Outros 10,5% foram publicadas no Instagram e 15,8% no Facebook.
A pesquisa comandada pelas pesquisadoras da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Claudia Galhardi e Maria Cecília de Souza Minayo, foi desenvolvida com base em dados colhidos pelo aplicativo Eu Fiscalizo, através de notificações recebidas entre os dias 17 de março e 10 de abril.
O aplicativo, que pode ser baixado pela Play Store ou Apple Store, possibilita que usuários notifiquem conteúdos impróprios e verifica possíveis notícias falsas em veículos de comunicação e mídias sociais como o WhatsApp.
As principais denúncias estão relacionadas à área de saúde. São publicações pessoais, como "não acredite no coronavírus". Do total de notícias falsas sobre a pandemia da Coivd-19 que circularam pelo WhatsApp, 71,4% citam a Fiocruz como fonte. No Facebook, as atribuições à instituição de pesquisa caem para 26,6%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) somam 2% das instituições citadas como fonte das informações falsas.
Os dados obtidos até o momento estão sendo organizados e, até o início de maio será lançado um relatório detalhando os tipos de fake news, se são mentiras inventadas ou informações distorcidas, informou a Fiocruz.
As atividades da CPMI das Fake News terminariam no dia 14 de abril, mas os trabalhos foram prorrogados por mais 180 dias por decisão dos parlamentares. O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), protocolou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a prorrogação das atividades da comissão.